NotíciasSorocaba

TRAGÉDIA NO RS: Veterinários de Sorocaba que ajudaram a resgatar cavalo Caramelo voltaram à cidade no último domingo (12)

Os veterinários de Sorocaba que atuaram na tragédia do Rio Grande do Sul, resgatando o cavalo Caramelo, voltou para a cidade natal nesta semana.

Nas imagens exibidas pelas televisões, o médico veterinário Leonardo Castro, professor de uma universidade de Sorocaba, aparece dentro do bote que realizou o transporte do animal, segurando o soro intravenoso que foi aplicado nele.

“O Caramelo está clinicamente muito bem. Tivemos notícias agora cedo […] Está fora de risco. Só aguardando um tempo para fazer o tratamento final de algumas feridas e receber a alta que ele merece agora”, explicou Leonardo à TV TEM.

De acordo com ele, o tutor do animal ainda não foi encontrado, mas existem trâmites burocráticos junto à prefeitura para que ele possa aparecer ou então para que Caramelo seja encaminhado para a adoção.

Além de Leonardo, a equipe tem como integrantes a médica veterinária Talita Nunes, os estudantes de medicina veterinária, Matheus Augusto e Fábio Thut, e o bombeiro civil João Marques.

Os itens que foram utilizados para resgatar o cavalo e outros animais no Rio Grande do Sul, foram trazidos para a universidade em que Leonardo atua, porém, a equipe segue de prontidão para contribuir em ocorrências no interior paulista ou até mesmo de retornar para o sul do país.

João Marques avalia que a parte mais emocionante do trabalho é quando a equipe se direciona até o animal.

“Fica passando na nossa cabeça ‘o que a gente vai fazer? Como a gente pode fazer? O que pode dar errado?’. A gente fica montando esse quebra-cabeça para ver como vai ser melhor para o animal e para a equipe sair do local”, explicou.

+Time de Basquete de Sorocaba tem FINAL nesta quarta-feira (15)

Outros animais resgatados na tragédia

Mesmo que o grupo seja especializado em resgatar tecnicamente animais de grande porte, eles também contribuíram com ajuda aos animais de pequeno porte, incluindo um cachorro paraplégico.

“A primeira ocorrência, quando chegamos lá, foi de dois cães que estavam dentro de uma casa, inclusive um dos cães era paraplégico e havia sido deixado pelo dono porque havia saído às pressas em decorrência da enchente. Nós fomos lá e fizemos o resgate […] Foram 12 cães, mais ou menos, que a gente também fez o resgate, mesmo não sendo o nosso foco”, disse Leonardo.

No resgate ao cavalo Caramelo, a mobilização começou muito antes do início da ajuda ao animal, às 11h, como explica Leonardo.

“Quando o Corpo de Bombeiros se deslocou para Canoas, já na sequência nós viemos apoiar os trabalhos referentes aos animais. A situação estava sendo monitorada desde o dia anterior, só que, claro, as demandas são muitas e o acesso ao bairro de Mathias Velho [onde estava o cavalo] era muito difícil. Algumas equipes passaram perto dele, tentaram efetuar o resgate, mas não conseguiram. Era muito complexo”, conta o especialista.
Ao g1, ele contou que para esse tipo de resgate, é necessário agir com cautela, para planejar a retirada do animal do local, bem como levar ele com agilidade para o atendimento veterinário depois do salvamento.

“Na quarta-feira à noite, nós fizemos o planejamento junto ao comando do Corpo de Bombeiros. Nós tínhamos uma coordenada, mas que não se sabia, de fato, se era precisa. Não havia confirmação de que aquele endereço era exatamente onde o cavalo estava. Mas ajudou a chegar até a região próxima”, explica o veterinário.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo