
A cidade de Sorocaba ultrapassou os 10 mil casos de dengue em menos de quatro meses em 2024. No período, quatro pessoas morreram pela doença no município, que declarou situação de emergência há mais de um mês.
Até esta segunda-feira (22), a cidade havia confirmado 10.275 casos da doença. Em fevereiro, este número era consideravelmente menor, mas já preocupava preocupava com 3,2 mil casos.
As mortes em investigação também aumentaram consideravelmente. Até o dia 11 de abril, três mortes pela doença eram investigadas. 11 dias depois, o número aumentou para 14.
Além disso, a maioria das vítimas que não resistiram à doença é jovem. A primeira morte por dengue na cidade foi confirmada no dia 14 de março. A vítima é uma mulher de 49 anos, sem comorbidades, que morreu em 2 de março. O segundo óbito, de um homem de 39 anos com comorbidades, foi confirmado no dia 1º de abril.
A terceira morte, de uma idosa, de 77 anos, que possuía comorbidades, foi confirmada no dia 8 de abril. Ela morreu no dia 31 de março.
Já a quarta morte foi confirmada no dia 11 de abril. Trata-se de uma mulher de 46 anos, que não possuía comorbidades. Ela morreu no dia 28 de março.
Atualmente, as 33 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Unidades pré-hospitalares (UPHs) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA) do município atendem pessoas com suspeita da doença. Três unidades atendem pessoas com sintomas mais graves, são elas:
- UBS Fiori: Rua Atanázio Soares, 814 – Vila Olimpia;
- UBS Hortência: Rua Teodoro Kaizel, 677 – Vila Hortência;
- UBS Simus: Alameda dos Lírios, 327 – Jardim Simus.
Estas UBSs funcionam das 8h às 18h e são consideradas “sentinelas”. Nelas, também serão realizadas coletas de exame (hemograma), até as 14h. Antes, só era possível fazer o exame em unidades de urgência e emergência, como UPHs, UPAs e PAs.
Vale reforçar que o atendimento dos pacientes do grupo A (com sintomas de dengue, sem sinais de alarme e comorbidades) permanece nas 33 UBSs da cidade.
Já as três unidades sentinelas têm como atendimento preferencial os pacientes classificados como grupo B (com comorbidades, manchas vermelhas e prova do laço positiva).
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Prevenção e cuidados com a dengue
A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando água armazenada que podem se tornar possíveis criadouros, como em vasos de plantas, lagões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas.
Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia – quando os mosquitos são mais ativos – proporcionam alguma proteção às picadas e podem ser uma das medidas adotadas, principalmente durante surtos. Repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo. Mosquiteiros proporcionam boa proteção para aqueles que dormem durante o dia, como bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos.
O que é a dengue?
A dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses. O vírus é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti e possui quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 — todos podem causar as diferentes formas da doença.
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte. Veja quais são os principais sintomas da dengue:
- Febre
- Dor no corpo e articulações
- Dor atrás dos olhos
- Mal-estar
- Falta de apetite
- Dor de cabeça
- Manchas vermelhas no corpo