Escola não presta socorro a criança com doença rara em Sorocaba
A mãe da vítima teve que procurar uma delegacia
Um caso chamou a atenção das autoridades nesta semana. Uma criança com doença rara não foi socorrida pela escola, localizada em Sorocaba.
A mãe da vítima teve que procurar uma delegacia próxima para o registro do B.O. (Boletim de Ocorrência), legitimado como abandono de incapaz.
Criança negligenciada em Sorocaba ficou sozinha fora da instituição de ensino
A menina, que tem 10 anos, possui um tipo de doença rara. Ela estuda na escola estadual Altamir Gonçalves, no bairro Jd. Magnólia.
Quando deu o horário de término das aulas, ela foi deixada para o lado de fora do local, sozinha, sem nenhum profissional a acompanhando.
Segundo está descrito no registro policial feito em Sorocaba, a vítima tem depressão e epilepsia generalizada, portanto, precisa de monitoramento o tempo todo. Seu horário de estudos é o integral, de 7h20 até 16h20.
Contudo, na última quarta-feira (28), sua mãe acabou se atrasando para buscá-la na escola. Nesse “meio tempo”, ela foi informada, através de ligação de um número de telefone desconhecido, que sua filha estava sozinha em frente ao estabelecimento.
Escola alega que não tem responsabilidade com alunos fora do horário
Ao chegar ao local, a mãe da vítima viu que a informação estava mesmo correta, pois não havia ninguém com sua filha.
Revoltada com o que aconteceu, a mulher foi questionar o estabelecimento de ensino que, em resposta, disse que fecha o portão depois que o horário das aulas termina.
De acordo com o que foi descrito no B.O., a escola ainda disse que depois que seus portões se fecham, não é mais responsável pelas crianças que lá estudam.
Com tanta repercussão, a Secretaria de Educação do Estado acabou sendo contatada. Além de lamentar pelo que ocorreu, comentou que apurará o fato ocorrido em Sorocaba.
Para isso, encaminhará um profissional a fim de verificar a legalidade das ações da escola diante do problema.
O órgão ainda designará um psicólogo que tenha condições de avaliar a menina, ficando à total disposição dos outros membros da família.