
Programa social em Sorocaba visa ressocialização de infratores de violência doméstica
A ressocialização no Cerav acontece através de atendimento psicológico
Os casos de feminicídio e violência doméstica vêm aumentando consideravelmente. Com isso, torna-se incerta a forma mais simples de eliminar o problema.
Nesse sentido, o Cerav (Centro Estabilizado de Reabilitação do Autor da Violência Doméstica) resolveu criar um programa social.
Este consiste em ressocializar agressores, uma vez que são muitas prisões e muitos homens detentos por tal motivo.
Programa social atende e ressocializa autores de violência doméstica em Sorocaba
A ressocialização no Cerav acontece através de atendimento psicológico e roda de conversa em encontros semanais.
Nesses encontros são reunidos homens que receberam denúncias de violência doméstica em seus nomes. Dessa forma, com ajuda profissional, os agressores são induzidos a refletir acerca do que fizeram.

Alguns participantes dizem que é possível aprender o que é ser um companheiro de verdade para a mulher e o que é ser um homem abusivo.
A coordenação do programa fica por conta do CIM Mulher, que é uma ONG (Organização Não-Governamental). Nos últimos 10 anos, aproximadamente 2 mil homens foram recebidos.
Entre esses 2 mil homens, todos cometeram o crime de violência doméstica, seja física, moral, sexual ou patrimonial.
Profissionais do Cerav garantem que é baixo o índice de retorno a tais atos criminosos, demonstrando que a ressocialização é totalmente possível e plausível.
Homens não admitem, mas números provam
Alguns agressores chegam no Cerav sem admitir que cometeram violência doméstica, uma vez que não entendem o conceito por completo. Contudo, o ato pode ser cometido de várias maneiras.
No entanto, os homens saem da ressocialização compreendendo o que fizeram e percebendo que o que viviam não era nada saudável. Com isso, somente 4% praticam o crime novamente.
Mas, isso ainda está longe de ser ótimo. Afinal, em todas as regiões de Sorocaba, o índice apurado de violência doméstica atinge os mais altos níveis.
A saber, apenas no ano de 2023, 221 casos de feminicídio foram registrados no estado de São Paulo. Desse quantitativo, 138 aconteceram no interior paulista.
