
Os primeiros anos de vida são vitais para a maturação e o desenvolvimento do cérebro. Ainda nessa fase, transtornos como lesões, infecções, estresse ou desnutrição podem afetar significativamente a função cerebral e o comportamento ao longo da vida.
As ocorrências neurológicas mais comuns nessa idade são crises convulsivas.
Eles também constituem fatores de risco significativos para a incidência de distúrbios do neurodesenvolvimento como autismo, TDAH, deficiência intelectual e esquizofrenia e epilepsia.
Transtornos psiquiátricos
Além da neuroinflamação, os pesquisadores descobriram uma conexão inesperada entre a cognição e a neuroplasticidade.
Outra descoberta fascinante foi que a atividade cerebral durante a vigília era muito semelhante à que aconteceria durante o sono REM [sigla decorrente da expressão em inglês “movimento rápido dos olhos” ou “movimento rápido dos olhos”] em indivíduos que sofreram crises na infância.
Os pesquisadores realizaram vários testes para observar as mudanças no comportamento dos roedores. Entre as mudanças mais notáveis, descobriram que os animais afetados apresentavam hiperlocomoção, que é uma agitação constante involuntaria, e problemas com o filtro sensório-motor.
Esse filtro ajuda o cérebro a filtrar informações sensoriais e respostas motoras, separando estímulos relevantes de irrelevantes em ambientes conturbados e controlando respostas exageradas.
Os medicamentos antipsicóticos são usados no tratamento da esquizofrenia para diminuir esses comportamentos.
Os animais que experimentaram crises na infância tinham inflamação no cérebro, o que foi um dos resultados mais notáveis do estudo. O cérebro usa a neuroinflamação naturalmente para combater infecções e se recuperar de lesões.
As células da glia, como os astrócitos, desempenham esse papel principal no sistema nervoso, pois aumentam sua atividade durante injúrias cerebrais, expandindo-se, ramificando-se, multiplicando-se e tornando-se preparadas para lidar com qualquer dano ao cérebro.
Assim, é possível examinar a neuroinflamação no cérebro marcando uma proteína conhecida como GFAP, que está presente no esqueleto dos astrócitos. Os níveis que você tem são um bom indicador da ativação dessas células.