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TRAGÉDIA NO RS: Veterinários de Sorocaba RESGATAM 2 CAVALOS em em meio ao ALAGAMENTO

Veterinários de Sorocaba que estão ajudando as vítimas da tragédia climática no Rio Grande do Sul resgataram dois cavalos ilhados no segundo andar de um prédio alagado em Canoas.

O mais recente boletim da Defesa Civil do estado gaúcho informa que subiu para 107 o número de mortos em razão dos temporais. A atualização desta quinta-feira (9) aponta que há um óbito sendo investigado. O estado registra 136 desaparecidos e 374 feridos.

De acordo com o veterinário e professor universitário Leonardo Castro, que coordena as ações em conjunto com o Corpo de Bombeiros, um cavalo e um potro estavam nas escadas do segundo andar do prédio. Imagens mostram o térreo completamente alagado.

No vídeo, a equipe pergunta a Leonardo o peso do potro e o veterinário sinaliza que o animal tem 150 quilos. Os cavalos foram amarrados na lateral do barco com os devidos equipamentos de proteção para os animais e levados para atendimento veterinário.

À TV TEM, Castro informou que a equipe continuava em Canoas na manhã desta quinta-feira (9) para tentar auxiliar no resgate do cavalo que ficou ilhado em cima do telhado de uma casa. A imagem do animal viralizou nas redes sociais e mobiliza equipes socorristas.

O cavalo foi resgatado, com uso de bote, por equipes de resgate na cidade na manhã desta quinta-feira.

Outros resgates em meio à tragédia

Outras imagens enviadas à TV TEM pelo grupo mostram o resgate de cães e de uma égua. Um cão branco foi encontrado em um buraco na parede de uma casa. Para chegar até ele, o socorrista precisou ir pelo telhado de outras casas. O animal foi retirado pela equipe de veterinários.

“É um resumo do que fizemos nos últimos dias. Três cavalos nós resgatamos ontem”, contou Leonardo Castro.

A estimativa do governo estadual é de que mais de 8,5 mil animais já foram resgatados. O estado registra 136 desaparecidos e 374 feridos.

Há 232,1 mil pessoas fora de casa. Desse total, são 67.542 em abrigos e 164.583 desalojados (pessoas que estão nas casas de familiares ou amigos).

O RS tem 425 dos seus 497 municípios com algum relato de problema relacionado ao temporal, com 1,476 milhão de pessoas afetadas. Veja abaixo os impactos nos serviços, educação e transportes.

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Ajuda especializada

Na terça-feira (7), o grupo de veterinários viajou de helicóptero para Cruzeiro do Sul (RS), cidade devastada pela força da água, para auxiliar no resgate de uma égua. Segundo Leonardo, a viagem até Porto Alegre foi feita de carro e com recursos próprios.

O grupo, formado por dois veterinários e três auxiliares, alunos de uma universidade de Sorocaba, faz parte do Resgate Técnico de Animais (RTA-Brasil) atende ao chamado do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) do Rio Grande do Sul. Os integrantes estão alojados na escola do Corpo de Bombeiros de Porto Alegre.

“Nos contataram por já conhecerem o nosso trabalho no resgate técnico de animais de grande porte e no resgate técnico de animais em geral. Nos deslocamos por via terrestre, com recursos próprios e total autonomia de equipamentos e suprimentos. Estamos dando apoio aos Bombeiros de São Paulo, assim como vários outros grupos que estão aqui”, conta.

Ainda de acordo com Castro, o grupo já atuou no resgate de equinos, cães e gatos que estavam em áreas alagadas, isolados, atolados ou ilhados. Além disso, eles também se envolvem em ações de monitoramento de risco que envolvem diagnóstico e triagem para a tomada de decisões.

“Para algumas demandas, fazemos um monitoramento antes da tomada de decisão do resgate porque é preciso agir com responsabilidade para não aumentar o risco, visto que trabalhamos com animais de grande porte e podem ocorrer acidentes”, explica.

A equipe de Sorocaba se planejou para trabalhar por uma semana no Rio Grande do Sul, mas tem suprimentos para até 20 dias, se for necessário. Além do resgate de animais, o grupo também tem se envolvido em outros atendimentos.

“Estamos aqui para atender demanda de animais, mas acabamos nos envolvendo em atendimentos de transporte de mantimentos e de pessoas, visto que estamos no local e nos deparamos com essas necessidades que não são as específicas, mas são necessárias diante de toda essa situação”.

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