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SUBSTÂNCIA PRESENTE NOS CARROS pode ser prejudicial para saúde, aponta estudo de 2024

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Duke nos Estados Unidos revelou que o fosfato de tris, uma substância potencialmente perigosa para a saúde humana, está presente em muitos carros.

Apesar da pequena quantidade, a exposição a temperaturas elevadas e a longos períodos de tempo pode causar problemas de saúde.

O professor Maurício Yonamine da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da Universidade de São Paulo explica a relação entre essas substâncias e a saúde humana.

Perigos para a saúde nos carros

O estudo indica que substâncias conhecidas como retardantes de chamas podem estar presentes no ar interno de carros mais novos, fabricados a partir de 2015.

Ele diz que o potencial carcinogênico, neurotóxico e de desregulação hormonal que essas substâncias têm nos últimos anos chamado a atenção dos toxicologistas.

“Os retardantes de chamas são adicionados pela indústria automobilística principalmente na espuma dos bancos, justamente para cumprir padrões de segurança contra incêndios. Em caso de incêndio, esses produtos impedem que as chamas se espalhem rapidamente, então são os bancos dos automóveis que possuem a maior quantidade dessa substâncias químicas”, explica.

A pesquisa também revelou que, em dias quentes, há uma concentração maior desses compostos no ar interno do veículo. Isso pode ser atribuído ao fato de que o calor facilita a liberação e evaporação desses compostos do ar interno do veículo.

No entanto, ele alerta que a quantidade encontrada no interior do carro geralmente é muito pequena, o que a torna imperceptível e incapaz de produzir efeitos agudos, que são aqueles que podem ser sentidos no dia a dia logo após a exposição.

Passar longos períodos de tempo dentro de um veículo, principalmente para pessoas que trabalham dentro dele, pode aumentar o estresse.

Além disso, um estudo publicado em 2022 na revista Jama Cardiology revelou que ficar sentado por mais de oito horas por dia aumenta a probabilidade de sofrer um AVC ou infarto devido ao excesso de sedentarismo.

No entanto, no que diz respeito aos retardantes de chamas de carros, o professor diz que existem métodos de precaução que ajudam a evitar a circulação de substâncias nocivas e a prevenção de doenças associadas à sua exposição.

Como os sintomas da exposição às substâncias não são percebidos no cotidiano, essas atitudes são essenciais para atuar na prevenção.

Uma maneira de reduzir a exposição a esses compostos é abrir a janela do carro por alguns minutos para permitir que o ar do exterior entre no veículo, de acordo com Maurício Yonamine. Além disso, é importante ter em mente que o calor ajuda na liberação desses compostos no ar.

Tentar estacionar o veículo na sombra sempre que possível, especialmente em dias muito quentes.

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