
Especialistas do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) alertam para a prevalência de incontinência urinária em mulheres jovens.
De acordo com o Governo do Estado de São Paulo, a urologista do HSPE Lorella Auricchio chama a atenção para os riscos, pois atualmente uma em cada quatro mulheres acima de 40 anos manifesta a doença. Isso porque, uma parcela significativa das mulheres trabalha muito tempo sentada e não faz pausa para ir ao banheiro corretamente, segurando a urina.
O ideal é que a cada 3 ou 4 horas, homens e mulheres esvaziem a bexiga para evitar incontinência ou infecção urinária.
Incontinência urinária
A incontinência urinária é conhecida como perda involuntária da urina e é comum, especialmente em mulheres. A possibilidade do escape aumenta durante a gestação, uma vez que a barriga cresce e faz maior pressão abdominal no período.
Como o distúrbio é mais frequente no sexo feminino, ele pode manifestar-se tanto na quinta ou sexta década de vida quanto em mulheres mais jovens.
No entanto, mulheres jovens têm relatado uma dificuldade de controlar o xixi e isso deve-se ao estilo de vida.
Há dois tipos de incontinência urinária: a de urgência, quando não é possível chegar no banheiro a tempo, ou a de esforço.
Em mulheres jovens, normalmente, é possível ver o escape da urina em atividades físicas intensas, de alto impacto, como é o caso de levantamento de peso, corrida e salto.
Somado ao tempo sentado, o tabagismo, a ingestão de bebida alcoólica, a obesidade, a má alimentação e a falta de exercício físico também contribuem para o escape da urina. A médica urologista Lorella Auricchio reforça os cuidados para evitar a incontinência.
“Se a pessoa, uma vez na vida, teve perda de xixi, por estar muito apertado, não há problema. Mas é preciso ter atenção se a situação é recorrente, mesmo que pouco. É muito comum ver que as pessoas normalizaram o escape de urina, mas é preciso investigar o problema, que pode estar associado a outras doenças. Às vezes, mudança nos hábitos já ajuda, mas há casos que necessitam de cirurgia (sling) para tratamento definitivo, visando melhorar a qualidade de vida do paciente”, explica.
A eliminação da urina é controlada pelo sistema nervoso autônomo, mas pode ser comprometida nas seguintes situações:
– comprometimento da musculatura dos esfíncteres ou do assoalho pélvico;
– gravidez e parto;
– tumores malignos e benignos;
– doenças que comprimem a bexiga;
– obesidade;
– tosse crônica dos fumantes;
– quadros pulmonares obstrutivos que geram pressão abdominal;
– bexigas hiperativas que contraem independentemente da vontade do portador;
– procedimentos cirúrgicos ou irradiação que lesem os nervos do esfíncter masculino.
Além de medidas comportamentais e alteração no estilo de vida, há ainda outro método para prevenir os casos – a fisioterapia específica para o fortalecimento do assoalho pélvico. Em caso de recorrência de perda de urina, é necessário procurar um médico urologista para diagnóstico correto e o melhor tratamento.