
O uso de drogas tem se tornado um dos maiores desafios enfrentados por sociedades ao redor do mundo. O consumo de substâncias psicoativas pode acarretar diversas consequências negativas, como instabilidade econômica, desemprego, problemas de saúde mental e física, além do afastamento social.
Diante desse cenário, diferentes países adotam abordagens variadas, com regulamentações que definem quais drogas são legais ou proibidas dentro de seus territórios.
No Brasil, por exemplo, apesar de ser legal o consumo de álcool e tabaco, ambos substâncias que causam dependência e podem ser fatais a longo prazo, existem restrições para outras drogas. Por outro lado, alguns países, como o Uruguai, têm tomado um rumo diferente, permitindo a legalização da maconha desde 2013.
Já na Europa, a Holanda adota uma postura mais liberal, permitindo a venda e consumo de substâncias psicoativas mais leves, como as trufas mágicas, que possuem efeito semelhante à maconha.
Aumento global no consumo de drogas: dados alarmantes e suas consequências
Contudo, a crescente aceitação e consumo de substâncias, sejam elas legais ou não, tem levado a um aumento no número de usuários em todo o mundo.
O Relatório Mundial sobre Drogas de 2024, elaborado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), revelou que mais de 292 milhões de pessoas fizeram uso de entorpecentes em 2022, um aumento de 20% em comparação à década anterior.
Esses dados geram preocupação, pois indicam uma expansão acelerada tanto do consumo quanto dos mercados de drogas, levando a uma reflexão urgente sobre os efeitos disso para as futuras gerações.
Alexandre Caixeiro fala sobre o combate ao uso das drogas no Prodecast
Durante o episódio do Prodecast, transmitido no dia 28 de janeiro, o secretário de Segurança Pública e Urbana de Sorocaba, Alexandre Caixeiro, que possui experiência como policial civil, abordou a crescente utilização de substâncias químicas e suas consequências.
Caixeiro destacou que um dos principais fatores para o aumento do consumo de drogas é a curiosidade, com um dado alarmante apontando que 83% dos usuários iniciam o uso por pura curiosidade. Este dado reforça a ideia de que o primeiro contato com as drogas, muitas vezes, não ocorre por meio de um traficante, mas sim de uma oferta aparentemente inocente feita por amigos ou conhecidos, tratando a substância como algo “descolado” ou “normal”.
“83% dos usuários de entorpecentes entram nesse mundo devido à curiosidade. Isso é muito preocupante, principalmente porque o primeiro contato com as drogas não vem da busca por traficantes, mas da oferta por parte de amigos que tratam a substância como algo legal e inofensivo”, afirmou Alexandre durante o podcast.
Os riscos do consumo de drogas entre os jovens: prevenção é fundamental
Além disso, o secretário enfatizou os riscos do consumo de substâncias antes dos 21 anos, período em que o cérebro ainda está em processo de desenvolvimento.
“Até os 21 anos, o cérebro ainda está em fase de formação. Dessa maneira, qualquer estímulo que ele receba pode gerar dependência. Após essa idade, fica mais difícil adquirir novas habilidades, aprender um novo idioma ou até mesmo se envolver com drogas. Por isso, é crucial evitar que as crianças e adolescentes entrem em contato com essas substâncias desde a gravidez, quando ainda estão no útero, até atingirem a maturidade”, explicou o secretário.
Prevenção ao vício: uma ação coletiva necessária
A mensagem de Alexandre Caixeiro deixa claro que a prevenção é o caminho mais eficaz para evitar o vício em drogas, especialmente entre os jovens.
A sociedade como um todo, incluindo famílias, escolas e autoridades públicas, deve atuar de forma integrada a fim de impedir que cada vez mais jovens sejam atraídos pelo uso de substâncias tóxicas.
Conclusão: A luta contra o uso das drogas requer ações mais eficazes e intensivas
Por fim, o combate ao uso das drogas é uma responsabilidade que deve ser compartilhada por todos, desde o apoio da família até o engajamento de políticas públicas adequadas.
Como resultado, é necessário criar uma rede de apoio que garanta a conscientização, o tratamento e, principalmente, a prevenção do uso de substâncias psicoativas entre os mais jovens, com o objetivo de formar uma sociedade mais saudável e livre do vício.