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Quem tem CARTÃO DE CRÉDITO deve saber DISSO AGORA mesmo

Com o cartão em mãos, o consumidor pode fazer compras até o limite estabelecido do mês

Quem faz uso de cartões para pagar suas compras no dia a dia certamente já ponderou se usar o cartão de crédito é melhor do que o de débito.

Embora a resposta para tal questão seja dada quase sempre sem refletir muito, pensar antes de decidir pode ajudar a lidar melhor com as finanças.

Como funcionam os pagamentos no cartão de crédito?

O cartão de crédito funciona com base na concessão de um determinado limite ao cliente por parte do banco ou instituição financeira.

Esse limite varia de acordo com a renda do cliente e com as políticas da empresa. Um cartão de crédito não necessariamente deve estar vinculado a uma conta-corrente.

Com o cartão em mãos, o consumidor pode fazer compras até o limite estabelecido do mês. Os pagamentos vão se acumulando e, ao final do mês, se concentram em uma fatura, que tem uma data de vencimento preestabelecida.

Na hora de pagar a fatura, há duas opções: o pagamento integral, que não gera cobranças extras, e o pagamento mínimo. Nessa alternativa, todo o valor que deixa de ser pago é cobrado no mês seguinte, com o acréscimo de juros e multas.

Quando o valor integral da fatura não é pago, uma grande armadilha é escondida, já que os juros do cartão de crédito estão entre os mais altos do mercado. Em abril de 2019, a média cobrada nessa modalidade estava próxima dos 300% ao ano.

Além dos juros, outras tarifas podem ser cobradas do titular do cartão. Entre as mais comuns estão a anuidade, taxa cobrada pelo banco para a utilização do cartão. Essa cobrança pode ser feita de uma única vez anualmente, ou diluída ao longo dos meses.

Há também tarifas para saques emergenciais ou para avaliação emergencial de crédito, que acontece quando o cliente supera o limite estabelecido e quer continuar a comprar com o cartão.

Em quais situações é mais vantajoso usar o cartão de crédito?

Em um primeiro momento, a principal vantagem oferecida pelo cartão de crédito é a opção de parcelamento, muitas vezes sem juros. Com isso, é possível comprar produtos de valores maiores, fazendo o pagamento mensalmente.

No entanto, tome sempre o cuidado de considerar o peso das parcelas no orçamento ao longo dos meses. É imprescindível fazer um planejamento para suas dívidas não virarem uma bola de neve.

O uso do cartão de crédito também representa uma oportunidade de aproveitar as promoções dos programas de milhagens. Assim, cada compra é convertida em pontos, que podem ser trocados por passagens aéreas, descontos em novas compras e outros benefícios.

Por fim, o cartão de crédito, se bem utilizado, é um excelente instrumento para quem quer controlar e organizar seu orçamento. Ao centralizar todos os gastos numa única fatura, fica mais fácil identificar os excessos e eliminá-los.

Como funcionam os pagamentos no cartão de débito?

O pagamento com um cartão de crédito faz com que o dinheiro saia da conta do consumidor e seja transferido para a conta do comerciante instantaneamente.

Logo, se o cliente não tiver saldo disponível na conta, a transação não será concretizada. No débito não é possível parcelar as compras. Com essas características, os cartões de débito se assemelham muito aos pagamentos feitos em dinheiro vivo.

Os bancos que emitem os cartões de débito podem cobrar tarifas para a manutenção da conta-corrente, mas a utilização desse meio de pagamento não gera custos extras (como a anuidade, por exemplo) ao consumidor.

cartão de crédito
Quem tem CARTÃO DE CRÉDITO deve saber DISSO AGORA mesmo – Canva

Em quais situações é mais vantajoso usar o cartão de débito?

A principal vantagem do cartão de débito é que ele, em muitos casos, evita as compras por impulso. Como é possível gastar apenas o dinheiro disponível em conta, não há como se enrolar com a fatura no mês seguinte, ainda mais levando em conta a opção de parcelar as compras dadas pelo cartão de crédito.

Não é apenas nesse aspecto que o débito pode ajudar a economizar. Além da mencionada isenção de tarifas, nada impede que se busque estabelecimentos que ofereçam descontos nas compras feitas com cartão de débito, já que esse método equivale a um pagamento à vista.

Por fim, o cartão de débito contribui com a segurança. Com ele na bolsa ou na carteira, não é necessário carregar grandes quantias de dinheiro em espécie. Dessa forma, em caso de perda ou roubo, basta bloquear o cartão para não sofrer maiores prejuízos.

Como controlar os gastos em ambos os cartões?

Depois de entender como funcionam as opções de crédito e débito, abaixo estão algumas dicas para manter os gastos sob controle, seja qual for o cartão utilizado.

Fixar um teto de gastos

A melhor maneira para não extrapolar o seu limite do cartão de crédito ou zerar seu saldo disponível é estabelecer um teto para gastos, considerando o orçamento mensal e as demais contas com as quais é preciso estar em dia.

Dessa maneira, são reduzidas as chances de ficar sem dinheiro em conta por gastos em excesso ou se assustar com a fatura no mês seguinte.

Monitorar sempre o extrato e a fatura

Para acompanhar os gastos, deve-se monitorar de maneira periódica o saldo e fatura, antes mesmo dela estar fechada.

Felizmente, isso está mais fácil atualmente, já que praticamente todos os bancos e cartões de crédito contam com aplicativos que atualizam as informações de maneira quase que imediata.

Outra alternativa é contar com ferramentas de controle financeiro, que funcionam como um organizador de gastos.

Não considerar o limite como parte da renda

Considerar o limite como parte da renda é um erro muito comum cometido por quem tem cartão de crédito e que facilmente faz com que as contas saiam de controle.

Por mais que, na hora de passar o cartão, a sensação seja de não gastar nada, a fatura chegará e será preciso arcar com ela, sob o risco de transformá-la em uma bola de neve impagável.

Por isso, o ideal é que o limite disponível nunca seja superior à renda. Logo, se esse for o caso, não se deve hesitar em pedir uma redução, para evitar problemas.

Manter poucos cartões

Ter muitos cartões à mão também dificulta o controle de gastos. Junto com a possibilidade de gastar mais do que a renda disponível, aumentam as chances de confundir datas de pagamento e limites, o que pode gerar multas por atraso.

Definir um número ideal de cartões é uma questão bastante relativa, cuja resposta varia de acordo com a situação de cada pessoa. Mas, se estiver difícil manter o controle com os cartões disponíveis, isso deve fazer com que o sinal de alerta seja ligado.

Negociar tarifas

As tarifas cobradas para manutenção dos cartões podem pesar no bolso. Deve-se, então, fazer as contas, pesar os benefícios oferecidos e ver se não há possibilidade de obter descontos desses valores.

A alternativa é recorrer a cartões isentos dessas cobranças. Eles não costumam ter programas de milhagens, mas, dependendo do seu nível de gastos, essa ausência não será tão sentida.

Escolher entre crédito ou débito envolve avaliar a sua situação financeira. Dessa forma, reduzem as chances de o orçamento ficar desorganizado e torna-se possível aproveitar as vantagens que ambas as opções oferecem.

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