O CEU (Centro de Artes e Esportes Unificados) das Artes “Prof. Flávio Vespasiano Di Giorgi”, do bairro Laranjeiras, zona norte de Sorocaba, oferecerá aulas gratuitas de capoeira a partir do dia 6 de abril.
A professora Ana Paula Teodoro dos Santos ministrará aulas voltadas para crianças de até 11 anos, mulheres a partir de 12 anos e para pessoas com deficiência a partir de 10 anos, todos os sábados, às 9h. As vagas são limitadas.
Promovido pela Associação de Capoeira Ginástica Nacional de Sorocaba, com apoio da Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria da Cultura (Secult), Secretaria de Esporte e Qualidade de Vida (Sequav) e Secretaria da Cidadania (Secid), o projeto será viabilizado por meio de recursos da Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar nº 195/2022), com o intuito de disponibilizar mais uma opção de atividade físico esportiva à população.
A capoeira oferece diversos benefícios às pessoas, incluindo melhoria na flexibilidade, condicionamento físico, coordenação motora e equilíbrio. Além disso, promove interação social e desenvolvimento cultural e mental, estimulando a criatividade e a expressão individual.
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Para participar das aulas de capoeira
As pessoas interessadas devem se inscrever para participar, inicialmente, de uma Roda Aberta de Capoeira, no dia 24 de março, às 9h, no CEU das Artes. Na ocasião, a professora Ana Paula Teodoro dos Santos, que tem vasta experiência na área e em trabalhos desenvolvidos na Apae Sorocaba, vai apresentar o projeto aos alunos. A inscrição já pode ser feita pelo site.
O CEU das Artes está localizado na Rua Washington Pensa, 969, no Parque das Laranjeiras. Mais informações podem ser obtidas, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, pelo telefone: (15) 99705-6713.
Como surgiu a capoeira
A capoeira surgiu como um tipo de resposta a violência a qual os escravizados eram submetidos em tempos coloniais e imperiais no Brasil. A partir de golpes e movimentos corporais ágeis, a luta permitia que eles se defendessem das brutais perseguições dos capitães do mato, cuja atribuição era capturar quem havia fugido.
Para não levantarem suspeitas – os senhores de engenho proibiam que praticassem qualquer tipo de esporte. Os capoeiristas adaptaram os movimentos e adicionaram elementos coreográficos e musicais, camuflando seu verdadeiro significado.
Após a abolição da escravatura, a prática continuou sendo vista como subversiva e apenas em 1937 deixou de ser considerada criminosa pelo Código Penal brasileiro.
Acredita-se que origem do nome capoeira, tem relação com os locais onde o esporte era praticado: em campos abertos e sem vegetação. Esta técnica era também uma forma de preservar a cultura de origem e desenvolver laços entre os praticantes.
Em 2014, a prática foi reconhecida como Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura). Assim, a tradição passa a ser vista como uma filosofia de mundo, buscando manter o respeito entre comunidades, promover integração social e salvaguardar a memória de resistência do povo vindo da África.
No Brasil, a Roda de Capoeira já havia sido reconhecida pelo Iphan como Patrimônio Cultural Brasileiro desde julho de 2008 – conquista essa que reflete mais de oito décadas de combate contra o preconceito à prática.